'ÁTOMO...'

Valentiniana,

a noite caí dispersa e secreta.
Poeta invisibilizando sementes,
abarrotando caos [complacências]...

A cadência dos corações,
agora partículas.
Não dizem nada em meio a tantas perversões e quinquilharias
Caos fazem escaladas apócrifas...

Já são mesmo dias hipócritas!
Átomos formando veredas diárias,
felicidades falsas.
Metáforas de escassez...

A verdade é que nunca se satisfez no almoço proditório,
nas orações incompreensíveis na madrugada.
O átomo latente e suas estruturas sem molduras,
Chovendo núcleos de entulhos [ausências] ...

No itinerário de ações,
à alma sempre grita!
Falta sensatez,
intervalos e filosofias para definhar as dores cotidianas...

A vida compõe ilusões prognósticas,
andanças em meio à multidões.
Olhar relento para o infinito.
Escritas transitórias...

Seremos forças naturais sem equívocos,
lembranças no café da manhã?
A partir de então seremos o que quisermos,
o que sonharmos...

Átomos revertidos.
Acasos verdadeiros.
Cores nas tempestades.
Imprevisibilidade preenchendo o coração das pessoas que amamos...

--- Risomar Silva ---