'SONHOS DIFERENTES'

Eu sempre tive vontade de escrever sobre sonhos. Eles deveriam fazer parte da vida, assim como a água que bebemos diariamente. Se bem que tem pessoas que tem outras coisas no corpo, menos água. Pessoas que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Mas não deixa seus sonhos nascerem, nem crescerem, tampouco se reproduzirem. Eles nem morrem porque não nasceram...

Tenho um poema chamado 'INVEJA'. Eu sempre lembro dele quando me deparo com esse tipo de pessoa. Essa cobiça por esse comportamento é estrangulador. Elas parecem não saber de nada. Ficam a voar. Não pagam contas. Não vão atrás de um amor. Não trançam metas. A vida parece uma ficção. Chegando ser uma utopia (pelo menos para mim)...

Queria acordar qualquer dia desses e ter essa relação com o 'não sonhar'. Talvez eu fosse tomar um banho de rio. Olhar no trapiche as águas do rio Tapajós correndo. A minha gaveta de compromissos seria apenas sonho. Não teria horário para chegar em casa. Trabalho? Seria desconhecido. Me trancaria numa pesca saudável e comeria aquele peixe, por vários dias, trabalhado apenas na água e no sal...

Mas eu tenho vários sonhos. Metas a serem alcançadas. Isso torna-se um fardo. Tenho horários pré-definidos. Não sou livre como os que não tem sonhos. O sistema precisa dessas pessoas com suas quimeras. Pessoas roborizadas para alimentá-lo. Próximo dos meus sonhos, estão meus absurdos. A vida torna-se fábula a cada dia. E o fim da vida, mera realidade, não passa de sonho, por aqueles de quem tenho tanta inveja...


Autor: Risomar Sírley da Silva.

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